Talvez...meu fado

Talvez…

Assim se movam montanhas

Não restem dúvidas

Nem se acomodem as rotinas

Repletas de fés amanhas

Talvez…

eu te doe o silêncio dos meus

cânticos

e emprenhe um eco frenético

e tão quântico

Talvez…

eu enfeite todas as conivências

com enfáticos versos sequestrados

no pórtico das mesmas saudades

fugidias…em efervescências

Talvez…

recrie um mundo novo

talhado em eximias existências

vagabundeando em cada anonimato

meu, inventado e

rendido à esquadria do tempo

Talvez…

Emprenhe teu silêncio

semeando o amor, além dos dias

que vivo celebrando

a vida regurgitando …em tua reverência

toda ela por aqui se esgueirando

em flagrante eloquência

Talvez…

seja só meu fado

tatuado a este silêncio

cantando minha dor até que o dia

renasça quieto à beirinha de nossa

feliz coexistência !

FC

Frederico de Castro
Enviado por Frederico de Castro em 22/01/2016
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