ALMAS PERDIDAS.

Elevam-se aos céus preces ao amanhecer!

Sentidas como desespero da solidão,

Das almas, que não pediram para nascer,

Arrastam seus corpos doridos pelo chão.

Vieram das cordilheiras da esperança.

Enganadas, envoltas em promessas mil,

Perdidas nos frios mundos da abastança,

Provam o fel e desengano deste mundo vil.

Vagueiam pelas ruas das cidades de ilusão,

Abandonadas ao destino que não pediram,

Choram, rezam, por nascerem pedem perdão.

Envoltas na miséria que nunca antes sentiram,

Abandonadas, fazem da calçada seu colchão,

Sentem saudades dos irmãos que partiram.

LuVito.