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Quando a agulha perfura minha derme

Sinto como se tudo fosse nada

Os pesadelos somem

E os sonhos se tornam reais

E mesmo assim vejo quem amo

Vejo aqueles que partiram sem dizer tchau

Sem um último abraço fatal

Fico alto para me sentir mais baixo

Mais próximo do solo

Voando sem limite para voltar

E sinto como se corresse tão rápido

E vocês se afatam

Não sou nada além de um homem

Que sente saudade

Que sente falta

Que as vezes de noite

Lembra da cena

Aquela de tentativas falhas de te reanimar

Ou as marcas do cinto em volta do seu pescoço

Ou todos os outros que se foram sem dizer tchau

Sem um último abraço fatal

E por mais que seja momentâneo

Por poucos minutos

Eu me sinto feliz

Pois me sinto mais próximo de vocês

Minhas tentativas falhas de tentar encontra-los

Só deixou marcas

E a imagem de um rapaz ingrato

E louco

Nada nem ninguém pode me salvar

Só a paz que você me dá

Choro sozinho às vezes

Quando ninguém vê

Sinto falta de correr

De me sentir junto a vocês

As vezes acho que sou um personagem de livro

Um livro bem mal escrito

Mesmo pelo meu escritor favorito

Que perdeu idéias lúcidas

E decidio perder qualquer sentido

Sendo isso

Repito a mesma canção o tempo todo

Aquela que fala sobre saudade

Sobre ficar alto

Sobre sobreviver de verdade

Com a dor

Meu objetivo aqui é apenas deixar Um legado de nada além de ironia e consolo

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 20/10/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5797691
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