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Cheguei à conclusão de que a vida não é nada

Além de um poço onde me perco

Assim como uma estrada

Agora entendo o que todos me diziam

Mentiam, sobre a felicidade e alegria.

Aquelas que sempre se escondiam atrás da neblina

Meu pulmão se esvazia e é tomado pela fumaça

A mesma que corrói meus traços

A mesma que me faz sem graça

Tornei-me alguém vazio com esperanças jogadas ao destino

Sem você, sem amor, sem algo que me faça bem.

Estou dado aos ombros do que digo ser o mínimo do que não tem

É engraçado pensar na vida

Um tempo para respirar

E ver que não é nada do que queria

Busquei em teus braços uma razão para sorrir

Fingir e achar que tudo se resolveria assim

Esquecendo tudo o que há em mim

Foi-me dito que amor próprio é o mais importante

Mas seria talvez um egoísmo distante?

Uma forma de proteger-se do não errante?

Fui tomado pelo tempo

Por aquilo que julguei ser certo

E falhei com as escolhas mais turbulentas do medo

A vida nada mais é do que uma escolha

O que pensei ser mais do que uma

Duas talvez fosse apenas ajuda

Teu caminho seguiu sem mim

Escolheu amar nada além de ti

Respeito qualquer de suas decisões mesmo que meu peito sofra de ilusões com fim

Descobri que para mim a vida não tem sentido

São muitos caminhos

Que não me atraem

São coisas que não compreendo

Que não sei como lidar

Apenas penso horas em me afastar

E minha vida tiro

Jogo fora e lhe entrego

Com flores rosas, brancas e molhadas.

Assim serão seus olhos cheios de lagrimas.

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 26/10/2016
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5804047
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