Utópica salvação
Vontade podre de não viver
De ser um não-ser
De afogar-me de lágrimas
Invisíveis lágrimas,
Que só eu vejo.
Concentrado sonífero,
Tomei.
Caí, sonhando que podia ser feliz,
Que podia sorrir,
Sem medo de um dia ter que parar;
Pesadelo de parar de sorrir.
Volta ao sonho e lembra,
Que pode nadar em direção à costa,
Nada nas águas azuis,
Vê anjos – amigos- na sua direção
Querem te salvar,
Quando de um último suspiro, desaparece...
Deixando apenas o adeus de uma mão.
Deixa-se levar pela tormenta,
Absorve-se de querer pertencer ao mar,
Tem certeza então de querer não mais voltar.