Degredado

Degredado em terra consanguínea

Na veia do acaso, na artéria do tempo

A discorrer rubros glóbulos desabalados

A hemorragia do destino.

A fratura no instante

O entorse no momento.

Que sentido tem ser livre no deserto

Ou a matéria na enfermidade?

A "amizade" que lhe toma as posses

O sangue que lhe toma a carne

O ódio que lhe toma a alma?

E quantos sem alma nos rodeiam!

Sem coração, sem entranhas.

Renegando pai, rejeitando mãe,

Negando irmão na virada.

-O que vem a ser este "ser"???

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 02/01/2017
Reeditado em 02/01/2017
Código do texto: T5870204
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