SILHUETAS FANTASMAGÓRICAS

Desfilam no espelho do tempo...

Uma moça sorridente e um jovem que traz um semblante tão contente.

São jovens demais, lindos...

Acreditam no amor.

Tem a firme convicção de são capazes de suportar qualquer dor.

Nos caminhos... pedras... flores... espinhos.

Sorrisos...carinhos.

Um desvio no trajeto.

Um novo projeto.

O espelho guarda o cansaço.

O embaraço.

O outro passo.

Acompanho no espelho o desenrolar dos fatos.

Os atos.

Vejo-os por fim despidos de realidade.

Perderam a identidade.

Agora são silhuetas irreais.

Nada mais.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 03/01/2017
Código do texto: T5870743
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