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Não quero te atrapalhar nem ficar,

Não posso me apegar aos pequenos detalhes

Detalhes ilusórios que eu mesmo desenhei

Assim como fiz com seus olhos doces de seiji

Teu coração já deve ter dono

E não posso me caber a tal pensamento

Alimentar meus medos

E frustrar meus tormentos

Permanecer sem sono

Sou do tipo que escreve de diversas formas

Entre as palavras regidas por um poema simples

O som das cordas seguindo minha voz

O lapis deixando traços de um algoz

E os restos de giz

Eu estou a sofrer sem nem ao menos ti ter-ti

Mas sofro junto as paranoias na minha mente

Algo normal para um alma apaixonada

Que vive com uma chama aprisionada

Não vou mais lhe responder

E essa seria a maior mentira a prometer

Mas sobre meus pensamento, planos, amor e outros tantos

Vou simplesmente lhe abster

Parar que nenhuma mágoa venha a florescer

Tentarei ser forte

Tentarei ser eu mesmo

Esquecer o que foi dito

E guardar aqui dentro

Laçarei palavras ao vento

Deixarei que ele as guie

Para longe de mim

Onde eu não as encontre mais

Mas em você que gasto minhas horas

Imaginando por onde estás agora

E isso me mata tanto

Que me leva novamente a um tempo atrás

Quando senti isso outra vezes

Para depois ser trocado por um outro rapaz

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 09/01/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5876215
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