FRAGMENTADO

Olho o que acabo de escrever,

Não acredito.

Fiz: Implorei por ti de novo.

Nunca faria e ainda faço.

Perco-me no que acho,

Me deixo, me desmancho;

Repito o mesmo erro.

Culpa minha; sou de barro.

Seco ao sol,

Mas nunca chego ao ponto.

Sou frágil, quebradiço.

Fragmentado, esquecido.

Tu, meu vento,

Ainda não me levaste,

Mas eu continuo a implorar.

Um som, parecendo um aviso;

Me alerto, desperto...

Não é sobre nós,

Nem sobre o que parecia ser,

É sobre tu...

Tu és o problema.

Ainda assim, me culpo.

Domero
Enviado por Domero em 08/03/2017
Reeditado em 04/05/2017
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