Empoeirada.

A chama é certa

A hora,incerta.

A dor esperta,

Adormeceu aqui.

Sou livre,sempre

Fui,abstrai.

Fugi das grades.

Das grandes cidades

Que não conheci.

Dos homens inteiros,

Que não compreendi.

Metades espalhadas

Amor aos pedaços,

Engoli aos bocados.

A brasa ainda queima

Sozinha e tão prenha

De calor.

A alma desdenha o amor,

Não lhe deu valor.

A poesia escorre tão só,

Rio de pó,sufocada...

Aspirei a poesia,

Paralisia.

Poeira,de mim...

Fugi.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 11/08/2007
Código do texto: T602313
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