AMORES DE MAIO
Maio, mês das noivas,
As virgens loucas
Saem no cortejo
Como se fosse Carnaval.
Maio, esfera quimérica,
Aqui rendem-te
Estas flores pueris,
Brotos quedos do pé.
Maio, mês dos violentados,
Que mudos calam,
As bocas em gazes,
Cédulas de identidade.
Maio, mês da morte,
Do amor, seus larápios.
Passa a noite, explode:
Brotos, rojões de fanfarra
Além da primavera renata.