vilarejo abandonado
Ei, mundo! Onde está teu sol a sorrir?
Evaporam-se as ninfas,
escurecem as rimas,
e teus filhos não sabem florir.
Mil crisálidas em tuas folhas esperam:
raízes encarnadas neste lodo divinal.
Nos olhos dos teus sábios, os rancores prosperam.
Ó vidas vazias! Ó sede de mal!
E quem mais chora por ti sou eu,
ó mundo sem brilho, de fadas vazio!
E a prole que vem de teu ventre esguio,
e que ama as almas puras mais que as belas
caminha à sombra do leito de um rio...
assim me corrompes, ó triste aquarela!
Como o crepúsculo que apaga as cores de um vale,
em muros rotos e caiados está teu poente:
na tristeza das heras de um verde doente...