Minhas penas

Tarde pesada e nevoenta

As árvores parecem flutuar no céu

Já o tempo que há-de vir?!

Curta estrada representa.

Já tudo é triste, tanto quanto eu.

Coaxam as rãs na ribeira

Entristecem as manhãs geadas

Fica a vida sem eira nem beira

Minhas esperanças viradas.

Pássaros se escondem no arvoredo

Mais um dia o mundo velho a ruir

Meu olhar triste se deixa caído

Finjo não ver nem sentir.

Já é chegado o fim do dia

Não ouço mais das rãs o coaxar

Tomou conta de mim a nostalgia

Da vida, vem o tempo se apossar.

Das horas que lamentamos

Umas duram muito, ou então!?

Duram pouco mais que nada.

Dormem os pássaros nos ramos

Coaxam as rãs de aflição

Sigo ao peso da vida vergada.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 05/02/2018
Reeditado em 09/02/2018
Código do texto: T6245408
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