Alma Vagabunda
Preguei olho num sono profundo
o cansaço em mim apoderado
fez-me adormecer abandonado
logo ali como um vagabundo
Sonhei que a sentia junto de mim
e que lhe dizia como a adoro
sonhei deliciosamente assim...
que a segurava pela cintura
que beijava seus lábios de seda
mas de repente...
que raios de aventura!
Acordei..., estava no banco do jardim
Já não se via o pôr-do-sol
tinha acabado de o perder amarguradamente
tudo aquilo de bom era apenas um sonho
e de um sonho nunca iria passar.
Aqui estou perdido neste mundo medonho
sem nada nem ninguém, e a chorar
pelo destino de uma vida deixada fugir.
Agora só me resta esperar pelo dia do julgamento.
O dia que me trará alívio está para emergir.
A solidão e a tristeza foram as aliadas
da amargura do meu ímpeto final.
Perdoo só a mim neste último juramento.