De onde vem a bala?

Em meio a um fogo cruzado,

Me vejo caído e sangrando,

Palavras voam cortando o gramado,

Meus ossos doem e gemem, reclamando.

Olho para cima a procura de paz,

Olho para baixo na esperança do livramento,

Aos prantos, o que a lembrança traz,

Faz-me gotejar suor e tormento.

Não julgo o mundo inteiro,

Mas julgo o meu mundo,

Julgo o coveiro,

Que cava o meu antro.

Porque tão cedo?

Porque tão logo?

Sinto tanto medo,

Que choro meu monólogo.

Adilson Fabbri
Enviado por Adilson Fabbri em 03/10/2018
Código do texto: T6466330
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