Pregresso
Achei-me no fim
Antes fosse astro - louco - feito cão
Vagando entre universos em mim,
Na tua manta este borrão.
Rolei o mundo a caminhar,
Caçando uma voz de esperança apenas.
Uma sátira regressa - pôs a me esperar
Entre mim e eu, várias badernas.
No intuito de se ver livre, achei morte.
Por quase, fui um progresso:
Arremessei tantas pedras sem um norte.
A sonhar, pregresso.
Danei a viver na encruzilhada,
Na displicência que me debandava.
De correr a vários dias, sorte abandonada;
-Enfim - surgia - uma dor a ela apontava.
Na força desse destino
Feri e chorei - amargamente - meus desatinos,
Lá está ela, entra antes de fechar o ferrolho,
Seca meu destino - olho.
Muita vida em meus alardes,
Antes de achar um caminho;
Depois dessas beldades
Quebraram as minhas asas, era passarinho.
Ainda cercado por minha fúria
Prestes a vê-la - na porta - ela ria.
-“Ao entrar abandone a esperança”.
Perdi-me, sem mais temperança.
Passei a girar em que instante estarei?