Terra arrasada

Busquei construir em meu peito, imponente Fortaleza

Que resistisse as ondas, aos ventos, as investidas do amar

Mas foste tu, que se infiltraste nestes muros com delicadeza

Minando-os por dentro, até fazê-los desmoronar

E daquela majestosa Fortaleza, outrora inexpugnável

Sobraram apenas ruínas, violadas, saqueadas, sem valor

Ruínas do que fui um dia, antes de ser vítima do seu “amor”

Que transpôs minhas barreiras com grande facilidade

Iludindo-me com falsas promessas de felicidade

Com belas palavras, com uma voz doce e amável

Mas eram palavras vazias, ou pior, cheias de más intenções

Mas que ainda assim me iludiram, como a tantos outros corações

E com teu ímpeto conquistador, logrou êxito em mais uma empreitada

Deixando em meu peito só dor, ruína, resto, apenas terra arrasada...

Djalma Aguiar
Enviado por Djalma Aguiar em 14/02/2019
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