Terra arrasada
Busquei construir em meu peito, imponente Fortaleza
Que resistisse as ondas, aos ventos, as investidas do amar
Mas foste tu, que se infiltraste nestes muros com delicadeza
Minando-os por dentro, até fazê-los desmoronar
E daquela majestosa Fortaleza, outrora inexpugnável
Sobraram apenas ruínas, violadas, saqueadas, sem valor
Ruínas do que fui um dia, antes de ser vítima do seu “amor”
Que transpôs minhas barreiras com grande facilidade
Iludindo-me com falsas promessas de felicidade
Com belas palavras, com uma voz doce e amável
Mas eram palavras vazias, ou pior, cheias de más intenções
Mas que ainda assim me iludiram, como a tantos outros corações
E com teu ímpeto conquistador, logrou êxito em mais uma empreitada
Deixando em meu peito só dor, ruína, resto, apenas terra arrasada...