Circo da Vida
Trabalho, tenho emprego
mas nem por isso estou feliz
Sinto falta do desapego
que outrora era minha directriz
Arquiteto um futuro
sacrificando o meu presente
Horas e horas, sou burro
a quem engano, não estou contente
Peço mais uma cerveja,
solto mais um xaveco barato
Uso uma máscara para quem veja
não perceba, que aos poucos, me mato
Suicida de princípios,
entreguei-me ao capitalismo
No meio de distúrbios e desvarios
aderi ao conformismo
De que este é o ciclo,
ao qual todos estamos fadados
De que a vida nada mais é que um circo
no qual palhaço, pela plateia, sou vaiado