Terra nefasta

Terra nefasta

Marco Sartorato

Agito o pendão sórdido,

Estandarte ao colo, imoral.

No incômodo equilíbrio, (exótico),

Frágil feito cristal.

Como extasiada é a lida,

No retorce do ferro duro.

A simbólica flâmula erguida,

Suspensório extenso e nulo.

Sento-me as margem sólida (barranco),

D’um riacho truncado e inábil.

Mas suas águas leva o pranto,

Por minha amada pátria frágil.

Fecho a gravura com zelo e dor,

Retrato símbolo do amor leal.

Comparo a cômoda beleza a se opor,

Que nesse mundo não há outra igual.