VIVEMOS COMO PODEMOS

VIVEMOS COMO PODEMOS

A balança é injusta só pesa no lado dos pobres.

Os teu dias são contados antes mesmo que você nasça.

Não adianta reclamar, cedo ou tarde, tu sofres.

A vida é uma chuva que passa, e o teu guarda-chuva está furado.

É verdade que para uns poucos tudo é delícia.

As coisas andam; o bem acontece.

Não tem aranha que o mal tece.

Nem a danada malícia.

A realidade é desigual.

Tudo é diferente.

Existe mulher bonita e mulher sem dente.

E a tua sorte depende da moeda, do real.

Os homens criaram prisões.

Mesmo os que moram em mansões não são livres o bastante.

A felicidade é só um instante.

Estão escravizados os corações.

O dinheiro é de papel; é uma fantasia que alegra e assusta o viajante.

Os dedos são mais importantes que o anel.

Contudo, os cortam e levam o ouro.

Tudo vale na caça ao tesouro.

Mas a morte é chama que a todos consome.

Ninguém escapa dela nem mesmo o pobre infante.

Agora, sem demora, corre rápido. Quem sabe não te deixem para trás.

O açúcar é para poucos; e o azedo é a essência que te faz.

Viver é bom, eu insisto. No entanto, admito: O mundo é injusto.

Não há equilíbrio na terra. Viver é um susto.

Mas apesar de tudo caminhamos na beira da praia.

Sentimos o calor do sol.

Beijamos tua boca doce.

Vivemos como podemos.

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 21/03/2020
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T6893117
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