Ode a Morte

Eu queria não estar aqui

Eu queria não ser eu

Eu queria tudo menos essa vida

De desgostos, erros e solidão

Sentido o assédio da morte

Encontrar eco em cada tropeço meu

Esperando inutilmente que algo mude

Que surja alguém que de sentido

Ou um emprego uma promoção

Um despertar para um novo eu

Mas eu sou aquela velha amargura

E nessa vida estou morrendo

Consumido pelo meu orgulho

A coragem que me falta

É o apego ao que ainda não perdi

Lamento cada passo que dei

E durmo querendo não acordar

O que me mantem de pé é minha covardia

E desses dias só cultivo o gosto pela morte

Só ela pode iluminar meu tunel

Denis Glauber da Silva Reis
Enviado por Denis Glauber da Silva Reis em 06/11/2020
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