Todas as dores do mundo

Ali, naquela erma solidão

Sepultei todos meus sonhos

Na fina areia da praia

Sem me importar

Se as ondas varreria

Todos os vestígios das minhas dores

O passado não mais existe

Tornou-se tênue lembrança

O presente é uma mancha

De pensamentos difusos

E assim vivo, sem importar-me

Com o futuro que não temo

Enquanto isto vagueio

Mais morto do que vivo

Neste mundo ingrato

Nestas paragens sofríveis

Até o último alento

Que por misericórdia me for concedido

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2007 All Rights Reserved