Derrota

Não vivo, não vivo, não vivo!

Nesta dor de corpo lascivo

embalsamado em ouro puro

das lágrimas de mau augúrio.

Foi como deveria ter sido

p'ra mim, no âmago - minto! -

existencial do vasto sussurro:

És tu, pecaminoso ser, dono puro!

Mas basta o vasto vale altivo

apodrecer o forte compassivo

em mim, fenecer à sorte

que tu verás tal pranto passivo

encher tu'alma em escarlate vivo

e derrotar tua própria morte!