Esqueçamos!

Pra quem outrora cantava seus versos

Nas rimas puras da ingenuidade

Pobre... Jaz com seu fulgor e alma imersos

Nos devaneios mais tristes da saudade

Não há, pois, um ser do carbono

Deste vetupério imune afortunado

Mesmo eu que o juízo não tomo

Tenho vivências em meu peito guardado

Toma teu gin infante nédio

‘Que há palor lá fora, faz frio

Pode ainda me tomar como companhia

‘Que desta taberna já se foi o brio

Eia! Sejamos ainda Macário e Satã

Afoguemos no éter a consciência sã

Atiremos a saudade num copo vazio

Só não deixa-me trespassar pela manhã