Vil desilusão

Se houver desilusão, que haja agora,

Haja vista que meus olhos querem ver.

O meu peito, já senil, por ti implora,

A lamúria de querer à ti, vigora,

Cismo na desilusão, em te querer.

Tu és pluma, paetê e serpentina,

E carregas um soberbo coração.

Triste sol, lua baldia e neblina,

És furor, suavidade vespertina,

Não redimes esta vil desilusão.

Discernindo meu viver nesta estrada,

Não terás em mim, jamais, prazer oculto.

Na dinâmica do rumo e da jornada,

Galgarei amor sublime, ou tudo, ou nada,

E esta vil desilusão, será um vulto.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 28/06/2022
Código do texto: T7547820
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