Na mesma moeda..
Afrontaste meu coração, violaste
sentimentos sacros, límpidos tal qual
a transparência das lágrimas
que provocastes na dor da despedida...
Não soubeste valorizar tamanha devoção
ofertada nos momentos em que
me fizeste tua, acolhida em teus braços feito
ave aquecida... Protegida... Vulnerável.
Atiraste ao léu o brilho do olhar de fêmea
que se deixou escravizar por carícias vãs, pérfidas
quando pareciam prometer lugar cativo em teu reino
animal...
Subestimaste o lado forte...
O lado ferido e que não perdoa...
Teu remorso implora o que enxergaste tarde
demais...
Vai-te embora, pois apenas consigo te dar o que
me deste... Toda a mesquinharia de um sentimento falso...
Mas, se ficares, tocar-me será como entregar tua
alma a santuário profano...
Pois meu coração aprendeu o endereço do teu!
Cida Luz