HOMENS DA RUA

Uma angústia noturna

pesa sobre aquela rua

que não é de ninguém

Sangra o meu espanto

Quem são os homens

que dividem a miséria

e juntos abraçam a dor

Quem são estas criaturas

estagnadas

que repartem com as pombas

migalhas esquecidas

Quem lhes feriu o sonho

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