"O Tempo" de Olavo Bilac é um poema que personifica o tempo como uma entidade em movimento constante, sem começo nem fim, que molda e influencia a vida de todos. O poema destaca a inexorabilidade do tempo e a importância de valorizar cada momento da existência.

Na primeira estrofe, o eu lírico se apresenta como o Tempo que passa, descrevendo-se como uma força contínua e inescapável. O eu lírico afirma que carrega consigo tanto as experiências felizes (Ventura) quanto as desventuras (Desgraça) da vida. A expressão "vaidades da Vida" sugere que o tempo não faz distinção entre eventos significativos ou triviais.

 

A segunda estrofe destaca a natureza implacável do tempo, que forma os minutos, horas, anos e séculos. A imagem do tempo correndo de segundo em segundo enfatiza sua marcha constante e inexorável, moldando a passagem do tempo em unidades mensuráveis.

 

A terceira estrofe revela a inevitabilidade dos danos causados pelo tempo. O eu lírico se move de forma "serena e constante", indicando que o tempo não se apressa nem vacila. A formação de séculos sugere a escala colossal do tempo, que transcende a vida individual e abrange eras inteiras.

 

Na última estrofe, o poema oferece um conselho prático e filosófico. O eu lírico instiga as pessoas a trabalharem diligentemente, pois a vida é curta, e o tempo não espera. A ênfase na brevidade da vida ressalta a importância de não desperdiçar os minutos e de não subestimar as horas. A mensagem é clara: a vida é efêmera, e cada momento deve ser valorizado.

 

"O Tempo" de Olavo Bilac é um convite à reflexão sobre a passagem implacável do tempo e a necessidade de aproveitar cada instante da vida, reconhecendo sua transitoriedade e agindo com diligência diante das oportunidades que surgem.

 

Sou o Tempo que passa, que passa,
Sem princípio, sem fim, sem medida!
Vou levando a Ventura e a Desgraça,
Vou levando as vaidades da Vida!

A correr, de segundo em segundo,
Vou formando os minutos que correm . . .
Formo as horas que passam no mundo,
Formo os anos que nascem e morrem.

Ninguém pode evitar os meus danos . . .
Vou correndo sereno e constante:
Desse modo, de cem em cem anos
Formo um século, e passo adiante.

Trabalhai, porque a vida é pequena,
E não há para o Tempo demoras!
Não gasteis os minutos sem pena!
Não façais pouco caso das horas!