Labirinto

Só vejo paredes à minha frente

Não há saídas

E todos os corredores me levam a nada

E todos os corredores me trazem de volta ao mesmo lugar

 

Não há janelas

Não há portas

Não há passagens

Nem teto, nem céu

 

É tudo vazio

É tudo nada

É tudo solidão

É tudo deserto

 

É a ausência do amor não vivido

É a ausência do sonho eterno

É a presença da lembrança que se renova

É a saudades que aconchega, mas mata

 

Um labirinto eterno

Sem qualquer saída

Levando-me sempre ao mesmo lugar

Levando-me sempre a você

Luiz Breim
Enviado por Luiz Breim em 26/12/2023
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