Beleza Morta
Esqueleto funesto, em beleza morta,
Co'as marcas do tempo cavadas na face,
Lá no escuro do peito, num vão sem porta.
Sombras em espelhos e fotografias
E o fantasma da morte - vil e feroz -
No sorriso transmutado em zombaria.
É noite e o eco do silêncio na voz
Transforma-me as rimas em palavras frias
E a sonora canção, no maior algoz.
Meu coração de poeta me transporta
Para um mundo de pesadelos pugnasses,
Que só a inspiração de meus versos comporta.