Primaveras de Maio

Moça...Toda noite que eu durmo,

Trancado no meu quarto

Enrolado em cobertor e enquanto fumo

Olho o seu pequeno retrato

É 3 por 4... é verdade

Cara séria de documento

Despida de vaidade

Tal como no nascimento

E fatigado pelo sono caio

Sonho com você em braços

Onde a primavera é em maio

E no verão me cubro de laços

Posso ser cavaleiro medieval

Ou mesmo Imperador Romano

Somos pobres animais tal e qual

Que rolam no feno em estábulo pequeno

Não teço flores em tua fronte

Nem jogo versos fazendo-a Pastora

Da loucura vi que és a fonte

Abrindo os olhos, vi que me enganara

Da tua anatomia bem feita

Só tenho algo a dizer

Quero de ti a tal receita

De como fugir de teu ser!