Desengano...
Silêncio para ouvir minha dor...
Escárnios dos meus risos ecoam
Na memória desatinada...
Tinha vida o amor.
Cintilava nos olhos alegria
Despudorada.
Alados sentimentos negros
Sombreiam insanidade instalada
No coração pobre de vontades...
Muralhas rompidas da fortaleza
Alicerçadas na fragilidade
Desconhecida.
Natureza predadora de amante vil.
Dizimou crenças em palavras sedosas,
Vestidas perfidamente...
Pareciam promessas fortes.
Sangria da solidão desatinada...
Condenação de quem fraquejou.
Não mais esperanças vãs.
Penumbra do meu céu interior...
Ouço gemidos de dor...
Silêncio!...
(Cida Luz)
15/01/08