Gigante
Lentos passos miudos de um ser sem perguntas
bordando no jardim carreiras de irmandade.
Busca o silêncio da brisa matinal e o despertar das flores
pra terminar o que não é seu.
Vive por mero acaso,
um dia após o outro,
e sequer questiona o seu destino.
Busca aqui e ali a sobrevivência dos seus,
mas nem pergunta se são mesmo seus aqueles que o cercam.
É como um trem em trilhas íngremes carregando mais do que pode
e quando cai não desiste!
Por mais que a noite também caia
ou a chuva o fuzile.
É quase uma tortura pra quem assiste,
mas ele nem questiona o seu destino.
Porque?
Pra que?
Se é tudo mais fácil e sincero
quando não se tem respostas pra achar.