A Infância do Século 21
Esse país, país que não parece ser o meu.
Essa madrugada, fria, congela meu corpo infantil.
Onde não há espaço para a esperança...
Onde não há lugar para mim...
Pela manhã, pés descanços se arrastam a cada dia;
São dias sofridos! Tenho fome!
Sem escolha, é a violência que toma conta de mim.
Culpa minha? Culpa do país!
Nessa política de pão e circo,
o palhaço da história sou eu!
Entro no meu desespero,
tento me libertar da máscara que me esconde.
Tenho sentimentos ruins,
vontade de fugir e não estar aqui.
De viver aquilo que sonho.
De viver uma vida de verdade!
Ponho os pés no chão, a minha realidade é essa.
O que antes era medo, agora é certeza.
O que foi desejo, agora é comodismo!
Minha vida é assim, e nada posso fazer...
***Créditos à Mariana de Vasconcelos e Paula Paiva, duas pessoas maravilhosas, que foram pedras angulares para a escrita da poesia.
Vocês moram em meu coração!