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Bem
que poderias ser
Dulcinéa,
Achincalhada,
Bruxa – Fada,
Quase sempre desencontrada,
serias a mais bela quixotada
de minha vida combalida.
E
montada numa perene fantasia,
percorrerias
em tresloucada cavalgada,
a mais patética travessia
do meu destino.
Hoje!
Agora !
Já!
E para esse trôpego
e desencantado cavaleiro,
Que resoluto personifica
a triste figura,
implacavelmente pelo tempo
Carcomida,
Reduzida,
Bem que poderias ser
Dulcinéa.
Do livro Fogo de Lua & outros poemas.
Recife:UBE/PE,2004,p.46.
PS: Todos os meus poemas estão devidamente registrados no escritório de direitos autorais da Fundação Biblioteca Nacional/Rio de Janeiro/Brasil