Sacrificações

Uma eternidade passou,

desde que bradei aos céus o teu nome,

dilacerado em tempestades e ciclones,

nunca a tua voz ecoou,

semeio a revolta e os turbilhões,

o caos e os tufões,

nada em mim se preserva,

o que nunca foi meu nunca o será,

a minha vida já não se conserva,

golpeio e lincho as emoções,

salpica sangue das minhas sacrificações.

Uma eternidade passou,

desde que clamei aos ventos o teu perfume,

as tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,

lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,

promovo genocídios e frustrações,

a demência das dilacerações,

não me sinto em vivência,

o que nunca foi meu nunca o será,

anseio a destruição da minha essência,

abafo e mortifico as minhas sensações,

esguicha sangue das minhas sacrificações.

Tormentos que chegaram,

e para sempre ficaram.

Aflições que corroem,

e para sempre me destroem.

Suicídio que finda o meu suplicio,

derrama sangue do meu sacrifício.

Publicado originalmente em: www.liverdades.wordpress.com

Bruno Miguel Resende
Enviado por Bruno Miguel Resende em 04/04/2008
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