AS ROSAS DO POVO
AS ROSAS DO POVO
As Esquinas dobram olhares de tempos
e sussurram falácias de linguagens ingênuas
Os sonhos coloridos se tornaram expressões fotográficas
em preto e branco
A saudosa fumaça das horas
embaça minha vista
e aguça a alergia presente
Desmotivado aos tempos, todos, presente, sou
Nem a desconstrução sintática modernista me motiva
e esperar que emocione seria sonhar colorido demais
Somos simplesmente pessoas, não Pessoa
Somos o egoísmo em pessoa
Os rastros que, de lágrimas, deixei
foram maiores que as pedras
Estas maiores que os caminhos
Estes, cinzentos,
Meu enjôo veio entre melancolias, mercadorias
Então, versifico, dissipo
Ao final do percurso
Fitei o monte seco, conjeturando a chegada
Eis que todo o povo havia levado suas rosas
A mim,
espinhos