Ausência.
As horas passam caladas
mortas.
Enquanto eu me mantenho
estática
a espera de um despertar inconciente.
A tarde quente parece líquida
o ar morno escorre lentamente entre meus dedos úmidos
Onde está você? Refrigério que minha carne anseia...
Onde está você? Refúgio nessas tardes monótonas...
Queria o som da tua voz invadindo o espaço cálido,
teu riso soando frenético no vazio incômodo.
Vem! E enche de paz essa inconstância!
Vem! E esconde essa luz que me fere a pele...
Minutos de repetem infinitamente
sobrepondo às horas uma cruel realidade,
a sua ausência badalando nos sinos enferrujados
gritando elétrica pelas ruas áridas...
E, sem teu estar, tudo se mantém rigorosamente
estático.
ártico.
As horas já não passam.
Sou eu que caminho entre elas
Em busca de teus braços - Meu porto seguro
Em busca de teus beijos - Coisa que mais quero.