Ausência.

As horas passam caladas

mortas.

Enquanto eu me mantenho

estática

a espera de um despertar inconciente.

A tarde quente parece líquida

o ar morno escorre lentamente entre meus dedos úmidos

Onde está você? Refrigério que minha carne anseia...

Onde está você? Refúgio nessas tardes monótonas...

Queria o som da tua voz invadindo o espaço cálido,

teu riso soando frenético no vazio incômodo.

Vem! E enche de paz essa inconstância!

Vem! E esconde essa luz que me fere a pele...

Minutos de repetem infinitamente

sobrepondo às horas uma cruel realidade,

a sua ausência badalando nos sinos enferrujados

gritando elétrica pelas ruas áridas...

E, sem teu estar, tudo se mantém rigorosamente

estático.

ártico.

As horas já não passam.

Sou eu que caminho entre elas

Em busca de teus braços - Meu porto seguro

Em busca de teus beijos - Coisa que mais quero.

Meri Jaan
Enviado por Meri Jaan em 15/04/2008
Reeditado em 16/05/2008
Código do texto: T947173
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.