Além do eu (ele) - profundo

Resolvi dar um descanso ao Outro,

Penso em conhecê-lo o mais rapidamente.

E diante do espelho - há outros

De mim. Esses sugam a minha mente.

No dia em que me vi, indaguei:

O que querem? Você (eu) não é (sou) bastante...

E no meu sorriso lacaio ele (eu) não mente.

Foi, assim, que o reconheci - apaguei.

Não pense que pode evitar

Nossas metástases - só na viuvez da morte;

Afinal, ele vive da minha alma parasita,

Unindo: passado ao seu presente.

Não há quem o encontre

Em alguma avenida, ou esquina?

Qualquer coisa - uma lembrança, apenas.

Para quem o jamais encontrou...

Marcelo Luna
Enviado por Marcelo Luna em 19/04/2008
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