O POETA E O VINHO

Os poetas não devem alimentar esperanças de ninguém

Porque, nenhum poeta pode experimentar

O sucesso, seria um ultlraje

Nem ufanar-se com a influência que possam ter no pensar dos outros

O reconhecimento do poeta é espesso e duvidoso

Se esconde nas brumas do futuro, alguns nunca serão descobertos

Os poemas são como vinhos guardados nas barricas de carvalho

Esperando pela maturação

O sabor será temperado pelo tempo e suas mutações, se sobreviver

O carvalho e o tempo podem enriquecer os vinhos de sabores e os versos de mais sentidos

Porém o tempo não dá ao vinho sabores que ele não tem, nem ao verso sentidos que nele não existe

Quando estão maduros ambos entorpecem e abrem as portas da percepção

Porém o tempo não é remédio para tudo, nem o carvalho

Muitos vinhos viram vinagres, muitos versos são ignorados merecidamente

Assim como muitos sonhos nunca saem das cabeças.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 02/06/2008
Reeditado em 06/02/2017
Código do texto: T1015895
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.