Havia uma rosa no jardim

Havia uma rosa no jardim,

Uma rosa tão linda, tão formosa,

Mas tão solitária.

Era uma rosa que perdera um pouco da sua cor,

Por sofrer tantos pesares.

Sentia uma grande ternura,

Ao olhar para ela.

A ternura do outono, o amor da primavera.

O doce vento das manhãs

Era uma rosa no meio de um jardim,

Tantas flores coloridas, cheirosas.

Mas ela permanecia ali, intocada.

Isolada de todas as outras.

Não por vontade própria,

Mas sim pela sua própria natureza,

Era especial demais para permanecer como uma rosa qualquer.

Suas pétalas às vezes sofriam com os ventos,

Com as chuvas, com o frio e o calor.

Às vezes a rosa se sentia sozinha,

Carente. Se sentia vazia.

Não percebia que era tão especial.

Ou talvez por isso mesmo que ela se sentia destacada.

Como aquela rosa sofrera,

Tantos males, tantos viajantes passaram por ali.

Maltrataram a rosa, arrancaram algumas de suas pétalas

A rosa chorou, sofreu, muitas vezes pensou em morrer.

Quantas vezes ela rezou para que um pássaro lhe arrancasse da terra.

Mas o tempo passa,

As dores são amenizadas,

E no fundo a rosa ainda conserva,

A alegria pela vida, a esperança de dias melhores.

Ela conserva o doce cheiro das rosas,

Não como uma rosa qualquer, mas sim àquelas rosas especiais

Aquelas que você encontra somente em alguns locais

E nunca pensa em arrancar de tão linda que é.