Dividida.
Como conviver com isso?
Se entre idas e vindas, nada mais é natural
A volta da família que merece toda criança
Agora não me deixa seguir sem sofrer
Um aperto no coração, ainda aprendendo
A abrir mão de mim mesma pelo pequeno
Foi um descuido a roubar parte da juventude
Que deixou suas marcas, e me pergunto
Será que vou agüentar, e quanto tempo?
Para ser mãe de um homem
Preciso mais do que eu toda
O pai do meu filho, um amor de pai
Não me deixa viver minha liberdade
E mesmo que algo aconteça novamente
Entre nós dois já passou tanto tempo
Tantos erros meus e dele, tanta gente...
Que não podemos mais dividir um lar
De tudo que ficou tão estranho, de repente
Até que em um dia qualquer
O que parece absurdo fica comum
E nada poderia justificar tanto...
Mãe, ainda e sempre mulher
Dou o passo que só depende de mim
E volto a viver como em encanto...