Perdido
Perdido
no azul verde mar
dos teus olhos,
olho
as vagas
do teu pelo de noite
como morrem
na pálida area branca
do teu rosto
e
por mais que penso,
sigo a nom saber
como dizer-che
que
te quero.
Nem
com flores,
nem com palavras,
nem com gestos.
Nom.
Quiçá, só me chegue
com
este poema
que
gosta de ti
como gosta
a terra seca
da chuva fresca
no verao.
1993