QUANTO VALE OU É POR KILO

Na sala do terceiro ano

Alunos assistiam atentos

Filme que retrata o insano

Capital, do qual não somos isentos.

Quanto vale ou é por kilo

Neste não se pratica o “filo”

Tudo se transformou mercadoria

Para além de toda aporia.

Mostra a dor da escravidão

E os mecanismos de exploração

Fala da indústria da solidariedade

Enraizada, cimentada na mediocridade.

(Muitos dos alunos cansados

Por este sistema subjudados

Não conseguem nem assistir

Sob as carteiras estão a dormir).

Usa-se da miséria para lucrar

O povo não consegue nem notar

Preocupados na defesa da existência

Destes fatos nem tomam consciência.

Projetos sociais, iniciativas privadas

Todos querem com a pobreza lucrar.

Fingem ajudar com suas “caras” lavadas

Mas é o dinheiro que buscam faturar.

Os “trambiqueiros” mais espertos

Pedem dinheiro no exterior

Para crianças ou pobres, decertos,

Ajudar, enganam a partir do interior.

Entidades carentes estão doentes

Da ajuda aos pobres, ausentes

Usam dos sentimentos para “enricar”

Constantemente pessoas estão a enganar.

Fazem a defesa com retórica

Da ampliação das cadeias

Com excelente falácia retórica

Tecem assim suas teias.

A crítica a libertação

De escravos, indignação

Sem trabalho e especialidades

Foram libertados para as marginalidades.

É um filme que faz pensar

Para a ação se melhorar

Quando a realidade entendermos

Outra, então, assim construiremos.

SolguaraSol
Enviado por SolguaraSol em 14/10/2008
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