O poeta adormeceu...

O poeta adormeceu...

Tirou sua fantasia.

Guardou sua mágica,

seus sonhos e seus desejos

e se vestiu de realidade.

Suas palavras silênciaram

e hoje já não têm as cores da primavera,

mas a roupagem sombria do outono

e o cinza frio do inverno.

Mas o poeta não traz a tristeza no olhar,

vive apenas o momento de espera,

trazendo no coração a certeza da chegada de uma nova estação...

Brinca com a neve,

que teima em cair sobre seu corpo,

lembrando a frieza de olhares que o encontraram.

Sente pena deles...

Não souberam desfrutar do calor de um verdadeiro amor

e se deixaram levar por sentimentos fúteis e vazios...

Mas o tempo...

Ah! o tempo é capaz de tudo,

Cura feridas, apaga mágoas e leva lembranças...

Renova os corações,

reconstrói esperanças perdidas,

aponta caminhos...

E é assim que vive o poeta,

perdido em seu tempo...

Onde no passado encontra ensinamentos,

no presente constrói pontes

e no futuro vislumbra um novo horizonte!

Agatha Morenna
Enviado por Agatha Morenna em 30/10/2008
Reeditado em 27/12/2012
Código do texto: T1256391
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