Eu quero

Quero sentir das tardes quase frias,
A mais suave brisa a acariciar-me o rosto;
Quero colher do chão, todas as folhas secas
Que o outono espalhou a léu,
Todo esse pranto azul que rega a vida.
Mas quero, ainda, assim como as abelhas,
Recolher dos lábios de um amor perfeito,
Todo e o mais doce néctar,
para adoçar minha existência.

Eu quero em noites frias, um corpo inteiro
A aquecer-me e um coração
Pulsando no mesmo compasso que o meu,
A recitar a única oração que aprendi.
Quero abrir a janela de minha alma,
Sugar o ar da primavera
E que os nossos corações
Possam banharem-se de sol.
Quero arrancar das flores os espinhos,
Plantar o amor em todos os caminhos,
Devolver a corações descrentes, a esperança.
E de braços com os sobreviventes,
Não mais sentir a dor da solidão.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional

Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 07/11/2008
Reeditado em 15/02/2009
Código do texto: T1270158
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