Poema Templário

Em minha constante luta contra o tempo

Nos caminhos perdidos do meu coração

Quantas lutas perdidas e quanto sofrimento...

Minhas recordações, apenas minhas

Posso dividi-las com alguém,

Posso escondê-las por mais um tempo.

Mas o tempo fere sentimentos guardados

O mesmo tempo que nos permite esquecer.

Na dor de uma nova desilusão

Reabrem-se as barreiras temporais

E eis que ressurgem nossos monstros

Novos monstros e nova dimensão,

Damos vida, cor, tamanho e personalidade

E esquecemo-nos da invenção

Nossa própria criação

Outro caminho perdido que se reabrirá.

Vil e cruel, tão bonita outrora

Criatura nefasta, sinistra e perigosa

Não a vemos, pois não temos olhos

Não os temos para enxergá-la.

Não ouvimos, pois não a sentimos

Mas ela vive dentro de nós

E arrasa e maltrata e fere.

É preciso mais força para domá-la

É preciso de tempo e de amor.

Pois não é qualquer um que enfrenta

Nem o Sol, nem o fogo, nem a espada.

Somente algo sublime, terno e divino

Matamos um monstro a cada dia,

Mas não nos damos conta.

Enfrentamos um exército inteiro,

Mas não temos a menor noção

Não podemos ter, pois não queremos

Saber que a luta diária e mais perigosa,

A luta onde nossa arma é o tempo,

A espada que leva na ponta o amor,

Está tudo em nós mesmos.

Nossas angústias e desesperos,

Pois só é feliz aquele que se conhece,

Aquele que, enfim, se merece.

E depois da batalha, a recompensa

Outro caminho a seguir

Outro monstro a enfrentar.

Não há solidão se existir

Este caminho para trilhar.

Ferrachi Abdtzen
Enviado por Ferrachi Abdtzen em 13/12/2008
Código do texto: T1333621
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