Cilada

Cilada

Varro todas as pedras

da minha estrada

e as promessas

que se perderam

nas armadilhas

que a vida prepara.

Varro o chão,

arrumo os pratos,

e os versos caem

das minhas mãos

e se espalham

em pedaços.

Deixo as palavras

partirem

sem rumo...

e pousarem

lá longe

em outros mundos.

Que o vento traga

minha alegria

um outro dia.

Pois, afinal,

para que serve essa escrita

se tenho sede de vida?

Sandra Reis
Enviado por Sandra Reis em 09/04/2009
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