MEU GRITO
Guardo-me do barulho do nada
E me grito em palavras que te enchem
Ou não te dizem nada
Conto-me sempre porque me sacia
A alma que vive em profunda unidade
Como a noite e como a claridade.
Traduzo-me em versos
Sem perícia que o ofício requer
Esperando que me vejas como sou
É só TU querer.
E quando me ouvires
Percebes que pertencer-te quero
Sem violar teu gosto
Oferecendo-me a ti sem rosto.
Derramas em mim teu riso
Pois não profanais meu grito
Guardado no meu peito e
Liberto em tudo que tenho escrito...