Repetição

Por que o medo, se o dia é claro

e a chuva passou?

Por que a tristeza, se o amor foi vivido

e a angustia aplacou?

Por que a solidão se o amigo antes

distante agora voltou?

Como não amar a vida?

Como não retomar a alegria perdida?

Como não recompor o sonho quebrado, o amor

sufocado, a alegria esquecida?

Se a cada sonho desfeito,

a cada amor não vivido,

a cada alegria perdida o

coração pede mais, a alma pedo bis.

E o copo exige o calor de um novo amor.

E então...

Será de novo tristeza?

Será de novo solidão?

Mas o que será tudo isso, senão

o destino inexorável de

qualquer coração?

Sissina Aurea
Enviado por Sissina Aurea em 07/06/2009
Código do texto: T1636848
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